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A Gamificação é realmente uma novidade? O livro O Jogo do Dinheiro revisitado

Quando se fala do início dos jogos de empresas, nunca, no Brasil, o nome do inglês Norman Angell foi citado. Estranho que tenha sido desconsiderado da História, uma vez que é o primeiro autor de jogos de empresas do mundo.



Mais do que uma discussão, a publicação do livro The Money Game, em 1928, é a comprovação de que o uso de elementos de jogos em contextos que não são lúdicos é muito mais antiga do que diz a literatura oficial.

Essa é a definição clássica do que é a gamificação, desde a sua origem no início da primeira década de 2000, quando em um evento um renomado pesquisador questionou sobre o uso de técnicas de jogos na administração de uma empresa, ou seja, uso de elementos de jogos em contextos que não são lúdicos, não seria uma gamification. Na verdade, ele falou isso em tom jocoso para desacreditar a proposta de outro pesquisador. Mas, alguém gostou do nome, registrou como um método e acabou usando para ganhar muito dinheiro com consultorias para fazer isso. Mas, isso já existia antes - a prova disso é que todos conhecem as campanhas de vendas que usam as mesmas técnicas desde a metade do século XX.


De 1905 a 1912, foi o editor em Paris do jornal Daily Mail. Mais tarde, na Inglaterra, se uniu ao Partido Trabalhista em 1920, sendo membro do Parlamento Britânico de 1929 a 1931. Angell trabalhou no conselho do Real Instituto de Assuntos Internacionais, foi membro executivo no Comitê Mundial contra a Guerra e o Fascismo, membro do comitê executivo da Sociedade de Nações e seu presidente. Também foi nomeado cavalheiro em 1931.


O livro "jogo do dinheiro" é o resultado de um esforço feito por Sir Norman Angell, na primeira década do século XIX quando, segundo o próprio autor, foi motivado por uma conversa entre professores:


"Se milhões têm que entender o processo subjacente de dinheiro, crédito, bancos, economia, eles devem aprender essas coisas da mesma forma que aprendem o jogo Bridge ou Xadrez. Não há tempo nem professores para fazê-lo, como é feito nas universidades. Devemos fazer para os assuntos de Finanças o que fizemos pelos assuntos do Bridge - permitir que os alunos realmente vejam os processos e mecanismos, participem deles, façam parte deles. Então eles podem ser compreensíveis em um tempo dentro dos limites disponíveis. Caso contrário, a coisa não pode ser feita." (Angell, 1928)


Esse relato é de uma conversa ocorrida por volta de 1908 e resultou na concepção e criação de um jogo de finanças, talvez o primeiro do mundo, mas certamente o primeiro documentado que se tem notícia.

O livro apresenta uma lista considerável de universidades que o usaram, tanto na Europa como nos Estados Unidos, com relatos de professores e reitores sobre o sucesso do seu uso antes mesmo da publicação como um livro e do pedido de sua patente (1928).





O interessante sobre esse livro é que as cartas vinham no final do livro em um encaixe ao final dele e, como se pode ver, a moeda utilizada é a Libra inglesa. Tanto as cartas representativas de elementos econômicos, quanto as que representam dinheiro têm o estilo de design da época. Interessante notar que o jogo não contém tabuleiro, são apenas cartas.


Enfim, não sei se foi por causa desse livro ou pelo conjunto de toda a sua obra, incluindo vários livros. O que é fato é que ele recebeu Prêmio Nobel da Paz, em 1933, como se pode ver no Hall da Fama. Recebeu o título de Cavaleiro da Rainha da Inglaterra, e por isso usou o título de Sir Norman Angell, por ser inglês. Uma curiosidade, para usar o "Sir" no nome, não basta ser condecorado, tem que ser britânico e ele era. Enfim, foi um grande pacifista de sua época e tornou-se um desconhecido com o passar do tempo, mas foi um pioneiro em jogos de empresas.



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